O Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
mudou de entendimento em relação configuração de inelegibilidade de
candidatos com contas reprovadas. Isso pode complicar a situação de
vários políticos para a eleição de 2016.
Em processo recente
(401-37.2014.6.06.0000), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) firmou o
entendimento de que, nos casos de reprovação de contas de gestão ou
ordenação de despesas, as decisões ou pareceres prévios dos tribunais de
contas dos municípios são suficientes para determinar a inelegibilidade
prevista pela Lei Complementar 135/2010 (Lei da Ficha Limpa).
Antes, o entendimento era de que, para
tornar um político inelegível, os casos precisavam ser apreciados e as
contas rejeitadas também pela câmara de vereadores do respectivo
município.
No popular, para o TSE, o que vale é o
parecer do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), já que a votação na
câmara de vereadores é “político”. Com isso quem teve contas rejeitadas
pelo TCM poderá ser considerado inelegível.
“A indústria calçadista vive um momento
de turbulência econômica” em Minas Gerais. A afirmação foi dada ao G1
por Pedro Gomes, presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias
de Calçados de Nova Serrana (Sindinova), cidade que concentra 830 das
1.200 empresas que compõem o polo regional.
CRISE E DESEMPREGO
De acordo com Pedro Gomes, atualmente Nova Serrana não tem sequer uma
empresa atuando com plena produção de calçados. Isso porque as vendas
aos lojistas caíram. “Algumas empresas já começaram a diminuir até pela
metade seu quadro de empregados. Os lojistas reclamam que estão sem
consumidores. Como todos os setores econômicos parecem estagnados, nossa
expectativa é de que as coisas comecem a melhorar só em 2016″,
informou.

Ainda de acordo com Gomes, em Minas
Gerais o segmento calçadista tem sido afetado também por outro fator. “O
Governo de Minas está obrigando as empresas a recolher Imposto Sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o Regime Especial
Tributário (RET), que deveria ter sido recolhido anualmente a partir de
2010. Acontece que nada disso foi informado aos empresários do setor em
2010, nem em 2011. Somente na metade de 2012 é que isso chegou ao nosso
conhecimento. Agora, a Fazenda estadual está cobrando retroativo a 2010,
com correção e multa”.
O impacto disso na indústria
nova-serranense, afirmou Gomes, poderá ser “catastrófico” ao longo do
ano. “Muitos empresários já pensam em fechar as portas antes do fim do
primeiro semestre. Os outros, nos quais eu me incluo, desejam que o
segundo semestre seja melhor. Cada empresário lida com a situação do
jeito que lhe convém, mas todos os que optam por persistir reduzem a
produção e aumentam o custo final do produto. Eu ainda não demiti
ninguém da minha fábrica este ano, mas creio que precisarei fazer isso
em breve”, pontuou o empresário.