A
elaboração de um plano de reestruturação da economia do Território de
Identidade do Médio Sudoeste da Bahia. Esta é a solução que vem sendo
estruturada pelo Governo do Estado junto às prefeituras atingidas pela crise do
polo calçadista da região. Mais um passo para a construção do documento foi
dado nesta quarta-feira (23), quando os prefeitos se reuniram na Secretaria do
Planejamento (Seplan) com o secretário José Sergio Gabrielli.
Também estavam presentes representantes das secretarias estaduais da Agricultura (Seagri) e da Indústria, Comércio e Mineração (Sicm). A economia no Território de identidade do Médio Sudoeste foi fortemente atingida, no ano passado, quando a Vulcabrás/Azaléia, com matriz na cidade de Itapetinga, a 326 quilômetros de Salvador, fechou 12 plantas industriais de 10 filiais, localizadas nos municípios de Caatiga, Firmino Alves, Itambé, Itapetinga (exceto a matriz), Itororó e Macarani. Com isso, cerca de quatro mil empregados foram demitidos.
Alguns prefeitos destacaram a necessidade de aproveitar a mão de obra já capacitada e a estrutura existente voltadas para o polo calçadista. Técnicos da Sicm destacaram que representantes do órgão estão participando, esta semana, de uma feira de calçados e têm entre seus objetivos atrair empresas, ainda que de pequeno porte, para os municípios afetados pelo fechamento da Vulcabrás/Azaléia.
Entre os pontos de consenso, no entanto, está a necessidade de identificar outras vocações do território, com o intuito de fomentá-las. Os 13 municípios que integram o Território Médio Sudoeste são responsáveis por 10% do gado baiano. Daí a vocação para a produção de leite e carne.
Porém, destacou Gabrielli, “os produtores atuando de forma isolada não conseguirão bons resultados, sendo fundamental uma ação conjunta de todos os municípios, seja formando cooperativas leiteiras ou estruturando a cadeia produtiva de carne, com a construção de matadouros, entrepostos e frigoríficos para atender a um pool de municípios”.
Calendário de visitas
O prefeito de Firmino Alves, Aurelino Moreno da Cunha Neto, foi um dos que mais lamentou a situação do município após o fechamento da Vulcabrás/Azaléia. Segundo ele, foram perdidos 560 postos de trabalho, numa cidade com menos de seis mil habitantes, o que impactou fortemente na economia. “No mesmo período foi fechado o matadouro”, acrescentou, pedindo auxílio.